Graças ao capricho e ao carinho de meus pais que davam muita importância às coisas mais simples que aconteciam, hoje minha netinha pode conhecer quinze anos pormenorizados da minha existência.
Através de um pequeno álbum ela pôde conhecer minha aparência nas diversas faixas etárias: minha banguelinha, minha primeira boneca (Nancy), parentes que já partiram, meu primeiro vestidinho, os titios-avós ainda crianças, meus diversos penteados, minha roupinha de Rita Pavone, meu primeiro maiô... e por aí vai...
Acho que meu pai foi o inventor da lifestyle photography e minha mãe a invetora do fotojornalismo familiar.
Através desses registros, eu fiquei sabendo muitas coisas a meu respeito: que meu papai era muito, muito coruja,;que meu primeiro vestido foi feito pela minha querida mãe; que meu primeiro regime foi aos cinco meses de idade (pasmem); que aos nove meses eu obtive sucesso e emagreci; que era uma dançarina de mão cheia; que eu tinha mania de fazer "boca de louro"... e muitas outras coisinhas que posso compartilhar com a minha descendência.
Não desmerecendo as fotos posadas e artísticas (que também amo de paixão), das diversas ramificações, tenho especial afinidade com a fotografia de família, pois, além da grande carga emocional, ela adquire mais valor com o passar do tempo.
Acho delicioso ver minha netinha pedir para ver meu álbum e fazer seus comentários:
"- Você era um bebê fofinho, hein, vovó."
" - Verdade que você dançou em público com três anos?"
Para ilustrar, escaneei algumas páginas do meu precioso álbum para que conheçam do que estou falando.
Mesmo não sendo profissionais devemos ter cuidados com as imagens que capturamos: fazer back up, organizar os arquivos em pastas e, se possível, imprimir algumas fotos para colocá-las em lugar de honra - um álbum de fotografias.
Esse artigo foi uma forma de agradecer aos meus amados pais por tudo de bom que me ensinaram e pela influência em minha maneira de ver a vida e de fotografar.
Dá muita saudade, né?
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